quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Beyond: Two Souls (Crítica)



Beyond: Two Souls é um jogo que está sendo muito elogiado por diversos sites. Primeiramente vou concordar com os sites falando sobre os pontos positivos desse filme interativo que erroneamente os sites chamam de game. 

   Beyond conta a história de Jodie (Ellen Page), uma jovem que é acompanhada por uma “entidade” chamada Aiden, uma alma, espírito, algo sobrenatural. O game/filme conta a história sem ordem cronológica, intercala cenas da jovem Jodie fugindo da polícia com cenas da sua infância. Desde a infância Jodie teve que lidar com essa entidade inseparável. No inicio, Jodie era uma menina assustada que não sabia o que era aquilo que a acompanhava e depois ela aparece como uma jovem determinada e com habilidades aprendidas durante seu tempo na CIA e capaz de trabalhar em conjunto com a entidade sobrenatural.

   O jogo faz uso de toda potência gráfica do PS3. O realismo de algumas cenas é impressionante. Apenas jogando o demo já é possível notar isso. Não há o que criticar quanto aos gráficos, beira a perfeição.
   O que está errado é classificá-lo como um game. Não é um game, mas sim um filme interativo, e pela quantidade de elogios dos sites puxando o saco acredito que eles esqueceram que vídeo-game serve para jogar e não para ficar assistindo um filminho onde só o que você pode fazer é apertar alguns botões quando é solicitado. E é assim o sistema de jogo, você assiste as cenas e apenas aperta botões quando necessário, extremamente limitado. O momento em que é possível interagir mais com o ambiente é quando você usa a entidade sobrenatural e retira ela do corpo de judie e atravessa paredes para cumprir algum objetivo. Você pode sufocar os inimigos, entrar no corpo deles, quebrar coisas pelo cenário assustando as pessoas ou distraindo os policiais, já que a entidade é invisível para todos, mas mesmo isso é limitado às possibilidades mínimas que o jogo fornece.
   Essa moda de jogos filmes interativos onde você pode apenas assistir e apertar uns poucos botões já vem do elogiado The Walking Dead, outro que tem o mesmo sistema de filme interativo. Não entendo a quantidade de elogios, já que quando compro um jogo é para jogá-lo e não para assistir, se fosse para assistir eu compraria um filme.
Enfim, se você deseja “assistir” um jogo, Beyond é ótimo, mas se você é jogador como eu e quer usar o vídeo game para jogar então é melhor nem comprar esse filme interativo. 

   Como todos estão elogiando, ao menos alguém que não gosta de puxar saco precisa criticar para que esse sistema de jogo não se torne rotina. Espero que essa modinha de filme interativo passe logo.
Na Store Brasileira é possível baixar a versão demo para testar.


 
 

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